Grupo de ceramistas apresenta criações no Jardim do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul

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2010 Bienal B: "Bando de Barro no Arquivo":
Trabalho coletivo do grupo de ceramistas que será apresentado no Jardim do APERS durante a Bienal B.

Abertura: 21 de outubro de 2010 às 19:30



2009 "Guardar - Bando de Barro no Arquivo": Mostra de cerca de 50 artistas ceramistas do grupo Bando de Barro exibida em outubro de 2009, nos jardins do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul. Obras de arte que mostram criações feitas a partir do barro e que comprovam a contemporaneidade da criação em cerâmica. teve como tema norteador as palavras chave: guardar, guardião e os possíveis desdobramentos que delas pudessem surgir, remetendo à função própria do local da exposição, o Arquivo Público. Na noite de abertura, além da exposição das obras, Lara Soza realizou uma performance , acompanhada pelo músico Nanã Paru. Os músicos Gilson Geiger (Teclado), Fernando Fleck (Violão) e Rosana Marques (Voz e violão) também fizeram uma apresentação.


"Guardar - Bando de Barro no Arquivo"
Exposição aberta em 22 de outubro de 2009 às 19:30
Visitação: de 23 de outubro à 30 de novembro de 2009
Local: Rua Riachuelo, 1031, Porto Alegre/RS


30 abril, 2009

Maria Degolada: mito ou realidade

Em Porto Alegre, dentro do bairro Partenon, existe um morro vulgarmente chamado de Morro da Maria Degolada. Dizem que lá morreu uma jovem, degolada pelo amante brigadiano , e quem rezar para ela, tem sua graça alcançada. Só não pode ser pedido de um brigadiano, pois, como foi morta por um, o infeliz corre o risco de ter seu pedido atendido ao contrário. Nenhum dos moradores do dito morro sabe ao certo quando ocorreu o crime, sabem que a história vem passando de geração a geração, por meio da oralidade, e acreditam fielmente na sua “santinha”, tanto que em cima do morro, no interior dessa pequena vila, existe uma capelinha azul onde os fiéis acendem velas, colocam suas oferendas e fotos de agradecimentos pelas graças alcançadas.
Esse é o mito da
Maria Degolada.
E a história???
Em 1994 uma equipe do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul desenvolveu um grande trabalho em cima dos documentos existentes sobre o caso e montou um livro intitulado: “Maria Degolada, mito ou realidade?”. Uma coleção de documentos, contendo desde atestados de óbito, processo judiciário, até reportagens da época, mostrando não somente que Maria Degolada existiu como nos dá um panorama muito maior da repercussão que o crime gerou.
Descobriu-se então que Maria Degolada era na verdade Maria Francelina Trenes, de nacionalidade alemã, prostituta, de 21 anos, que, no dia 12 de novembro de 1899 foi morta pelo amante, Bruno Soares Bicudo, soldado da Brigada Militar, analfabeto e natural de Uruguaiana. Os relatos nos autos do processo referem que o casal, juntamente com outros pares, foi fazer um piquenique no Morro do Hospício, o atual Morro da Maria Degolada, que fica em frente ao Hospital Psiquiátrico São Pedro. Em uma determinada hora Maria e Bruno se separaram dos demais e, depois de uma discussão, enciumado, Bruno pega uma faca e degola sua amada. As testemunhas disseram que foi algo muito rápido e nada puderam fazer para salvar a vida da pobre moça.
....esses fatos se passaram em uma Porto Alegre
de aproximadamente 75.000 habitantes e muita violência...
texto retirado de:
Carlos Daniel de Castilhos*, Prof. ª Dr. ª Núncia Maria S. de Constantino** (Orientadora)
* Graduando em História na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul ** Doutora em História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

2 comentários:

  1. olha muito interressante eu já fui no morro e queria ver esses arquivos

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  2. É só ir no Arquivo e marcar com o setor responsável, pois os documentos são para pesquisa.

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