Grupo de ceramistas apresenta criações no Jardim do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul

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2010 Bienal B: "Bando de Barro no Arquivo":
Trabalho coletivo do grupo de ceramistas que será apresentado no Jardim do APERS durante a Bienal B.

Abertura: 21 de outubro de 2010 às 19:30



2009 "Guardar - Bando de Barro no Arquivo": Mostra de cerca de 50 artistas ceramistas do grupo Bando de Barro exibida em outubro de 2009, nos jardins do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul. Obras de arte que mostram criações feitas a partir do barro e que comprovam a contemporaneidade da criação em cerâmica. teve como tema norteador as palavras chave: guardar, guardião e os possíveis desdobramentos que delas pudessem surgir, remetendo à função própria do local da exposição, o Arquivo Público. Na noite de abertura, além da exposição das obras, Lara Soza realizou uma performance , acompanhada pelo músico Nanã Paru. Os músicos Gilson Geiger (Teclado), Fernando Fleck (Violão) e Rosana Marques (Voz e violão) também fizeram uma apresentação.


"Guardar - Bando de Barro no Arquivo"
Exposição aberta em 22 de outubro de 2009 às 19:30
Visitação: de 23 de outubro à 30 de novembro de 2009
Local: Rua Riachuelo, 1031, Porto Alegre/RS


27 julho, 2009

Arquivo de Emergência

ARQUIVO DE EMERGÊNCIA. documentação de eventos de ruptura

O Arquivo de emergência é uma é uma iniciativa independente. Uma situação de pesquisa criada para conectar eventos em arte contemporânea brasileira. O Arquivo circula pelo Brasil em várias instituições desde 2005, estabelecendo parcerias e edições específicas. Reúne material sobre “eventos de ruptura” [1] ocorridos desde meados de 1998 no território do Brasil. Consiste na produção de um arquivo de documentos e índices a projetos de artes visuais, coleta e sistematização de material informacional [porção material do arquivo] [2]; e em ações de entrevista, conversa, acompanhamento da produção de grupos e artistas, participação em encontros e seminários, entre outros [porção situacional e crítica do arquivo]. A pesquisa costura os universos da produção artística e das formas possíveis de documentação, observando criticamente as imbricações entre tais e a capacidade de infringir no desenho de um campo de criação artístico em contato intenso com o campo social. É uma iniciativa em processo e, portanto, sempre inacabada.
Como iniciativa “documental” assume o desafio de elaborar criticamente noções de arquivamento, documentação, historiografia, classificação, nominação e demais práticas anexas. Bem por isto, o Arquivo de emergência inventa um vocabulário de termos e conceitos que condizem com suas buscas e arquivamentos.
O Arquivo de emergência, ao agregar em uma mesma situação documental iniciativas inscritas no campo das artes visuais, e ao organizar um sistema de informação [estrutura do arquivo] a partir de tais iniciativas, multiplica linhas conectivas já existentes entre tais iniciativas. Bem por isto, A Arquivista e Cristina Ribas sugerem a observação de ações artísticas inscritas no campo da arte e no enfrentamento de suas bordas como ações que decorrem de um processo dialógico, no qual pode-se elaborar continuidades, descontinuidades, parcerias, cópias, negações, associações, ad infinitum… Com isto, os materiais documentais dispostos no Arquivo de emergência podem também ser usados como índices a demais EVENTOS, ESTRATÉGIAS, DOCUMENTOS, TEXTOS, IMAGENS, LINKS, criando uma rede de arquivamento e indexação ilimitada.
Entre algumas questões que ajudam a elaborar o recorte deste Arquivo, A Arquivista propõe pensar: de que forma a arte pode ter intervenção social?; de que forma a sociedade e suas condições modificam a arte? Arriscando uma hipótese, desde meados de 1998 se pode observar uma intensa ocupação do espaço das “ruas” ou dos “espaços públicos” – apontada pelos próprios grupos de artistas, ativistas, por críticos de arte e jornalistas. No Arquivo, o espaço das ruas é também pensado pelo conceitos de “esfera pública” e “comum”, ou seja, de que forma a arte requer, para seu acontecimento alguma forma de mobilização social em gradientes de participação e colaboração, e de que forma a prática da arte constitui a multiplicidade da sociedade. Com estas questões e hipóteses, pode-se afirmar que o trabalho do Arquivo de emergência criar uma situação crítica de documentação para parte da arte brasileira que tem implicações políticas, duplamente em direção/relação à sociedade, como em direção/relação ao campo da arte – considerando devidamente as intersecções e fluxos entre tais.
De uma forma, torna-se uma estrutura de aprendizagem com a qual se pode tomar conhecimento de parte da arte brasileira, desmistificando julgamentos que reservam às artes visuais a necessidade de um saber especializado.
O Arquivo aposta no espaço-tempo dilatado da pesquisa e na situação pública dos arquivos como possibilidade de constituição de laços de sociabilidade no comum e/ou na sociedade.
É organizado pela Arquivista e por Cristina Ribas.

[1] trecho do texto de instituição do Arquivo, “Situação”: “A RUPTURA é a condição subjetiva dos EVENTOS, que surgem como diferença no cotidiano dos corpos. A improvisação, a sensibilidade, o escracho, a ironia, a proposição e a colocação de presenças distintas em campos de visibilidade ressignificados são ações de RUPTURA, produto de novas subjetividades na urbanidade dos corpos-AGENTES.” [2] Os documentos são em grande parte produzidos por artistas, compreendendo folhetos, imagens, textos, relatos, catálogos, livros, projetos, rascunhos, etc.

Fonte: http://arquivodeemergencia.wordpress.com/

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